As algas Microcystis encontradas na água fornecida pela Cedae expõem a risco de vida os 6.600 pacientes das 74 clínicas de hemodiálise do estado do Rio de Janeiro (são 30 no município). São as mesmas que, há alguns anos, resultaram na morte de 50 pessoas em tratamento de diálise, em Pernambuco. A informação é do deputado Paulo Pinheiro (PT), da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa (Alerj), que entra hoje com notícia crime contra a Cedae no Ministério Público. O deputado diz que os exames laboratoriais desmentiram a afirmação do presidente da Cedae, Alberto Gomes, de que a microssystina encontrada na água não continha toxina em quantidade que ofereça perigo. Paulo Pinheiro afirma que a água pode estar boa para beber, mas não para uso nas clínicas. A Comissão de Saúde vai emitir documentos para as secretarias de Saúde do Estado e Município, solicitando que as clínicas de hemodiálise examinem a água antes de ela entrar na clínica e depois de passar pelos filtros de carvão. A Comissão de Saúde da Alerj vai marcar, para sexta-feira, uma audiência pública à qual deverão comparecer o presidente da Cedae e os responsáveis pelas clínicas de hemodiálise. Marapendi - O Deputado Estadual Carlos Minc divulga hoje novo laudo sobre a quantidade de algas Microcystis no Rio Guandu. "O resultado traz números absurdos. Vamos protestar contra a falta de fiscalização do governo. Apesar da água podre nas torneiras, só encomendou um laudo depois que ambientalistas se anteciparam", disse. Durante o abraço simbólico à Lagoa de Marapendi, on-tem, Carlos Minc disse também que será movida uma ação contra a Cedae por causa do derramamento de esgoto feito pela elevatória, no Jardim Oceânico, através da saída de águas pluviais. "Vamos entrar com uma ação no Ministério Público", afirmou o deputado. Ainda em Marapendi, o secretário municipal de Meio Ambiente, Eduardo Paes, anunciou o lançamento do projeto de demarcação da área de proteção ambiental, atendendo a solicitação de ecologistas. (JORNAL: DO BRASIL PAG.: 14)